março 28, 2012

"Angola Não É Vossa", disse "Ele"

Em declarações à Lusa, o diretor do gabinete de apoio à CPLP, do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Oliveira Encoge, disse que o Acordo Ortográfico é "bem-vindo para Angola, porque representa uma mais-valia para a língua".
"A questão de Angola é uma questão simples. Angola quer ver grafados no acordo aquilo que é contribuição das suas línguas nacionais, à semelhança do que o Brasil fez com o português brasileiro e à semelhança do que Timor também já introduziu", afirmou. [... ] "Nós somos parte do acordo, nós assinámo-lo em 1990, mas não o ratificámos", salientou [Oliveira Encoge].
A notícia completa pode ser lida aqui sob o enganador título "Angola quer alterações ao Acordo Ortográfico"; seria mais adequado "Angola quer enriquecimento do Acordo Ortográfico".

Resumindo:
- Para Angola, o AO é uma mais-valia para a Língua portuguesa;
- Antes de ratificar o AO, Angola quer acrescentar-lhe palavras de origem angolana, como aconteceu com Timor e com a Galiza;
- A não ratificação do AO por Angola não corresponde a um pedido de revisão do conteúdo do AO assinado por representantes do país, como tem vindo a ser insinuado pelo "Jornal de Angola".
- Com estas declarações do representante do Governo angolano, os poucos que em Portugal apostam na perpetuação de ghettos linguísticos e no ódio ao Brasil, agarrando-se à "boia" da suposta rejeição do AO por Angola, ficaram hoje (ainda) mais isolados que ontem.

Notícia relacionada: "Angola favorável à aplicação do novo acordo ortográfico"; Angop; 2012/03/28.


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