março 19, 2012

Um editor no meio da ponte entre o Brasil e Angola

A Porto Editora foi pioneira em Portugal na saída das editoras portuguesas do ghetto ortográfico. Sob todos os aspetos, for absolutamente notável o esforço e o empenho de recursos humanos e financeiros que a Porto Editora investiu a favor da uniformização ortográfica do Português.

O mercado angolano e moçambicano têm um peso significativo nas exportações editoriais portuguesas. Atendendo ao facto de Angola e Moçambique tardarem a ratificar o AO90 (apesar de ambos os países terem sido representados na sua elaboração e o terem assinado em 16 de dezembro de 1990), é legítimo que Vasco Teixeira, administrador da Porto Editora, manifeste apreensão pela eventual penalização da Porto Editora por ter correspondido às expetativas geradas por todos os Estados membros da CPLP de eliminação do apartheid na língua comum.

Seria bom que em Portugal e no Brasil “quem de direito” correspondesse ao apelo do editor português em artigo publicado ontem no Jornal de Angola: "No meio da ponte entre o Brasil e Angola":

“No momento em que tanto se apela à iniciativa privada para que contribua para o crescimento económico, com particular relevância para o sector da exportação, não deixa de ser curioso que dependamos dos bons ofícios diplomáticos de Portugal e, em particular, do Brasil para convencer Angola e Moçambique a adoptar o Acordo Ortográfico e assim preservarmos um património de enorme importância económica e estratégica - a nossa língua.
Haja visão para que esta história tenha um final feliz."

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