fevereiro 22, 2012

José António Saraiva em Português Grande


Extratos da coluna do diretor publicada no Sol de 20 fevereiro 2012 (link).
"[O autor do artigo citando o pai, António José Saraiva] "A oposição ao Acordo Ortográfico é um enorme disparate. O nosso grande património é termos uma língua comum com o Brasil, com Angola, com Moçambique… Tudo o que pudermos fazer para aproximarmos a grafia uns dos outros é decisivo para nós. Perante isso, não tem qualquer interesse discutir chinesices, como a escrita desta ou daquela palavraEsta posição, assumida com a maior convicção, mudou o meu modo de olhar para o Acordo."
[...]
O essencial não é discutir o resultado – é admitir que são úteis todos os esforços que se façam no sentido de os países onde a língua oficial é o português aproximarem as suas grafias.
E são especialmente importantes para nós, portugueses.
Portugal tem 10 milhões de habitantes – mas o Brasil tem 200 milhões.
Só por arrogância ou por capricho se pode defender que devemos ficar ad aeternum agarrados às nossas regras.
O nosso papel deverá, mesmo, ser o oposto: levar os países que ainda não adoptaram o Acordo, como Angola, a fazê-lo rapidamente.
O que vale aqui é o princípio.
É termos permanentemente na cabeça a ideia de que todos ganham se em Portugal, no Brasil, em Angola, em Moçambique, em S. Tomé, em Cabo Verde, na Guiné e em Timor se escrever do mesmo modo.
Alegar razões de ‘consciência’ para rejeitar o Acordo é simplesmente ridículo: a ortografia não envolve princípios nem valores."

Mais opinião publicada.


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